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André Queiroz e o filme que se repete Sobre a prática do oportunismo na produção cinematográfica

  " O que me pareceu claro é que André tem uma relação obsessiva com o protagonismo que se faz valer por meio da sedução em torno de projetos com relevância social e histórica o que acaba obscurecendo os processos e métodos empreendidos para se concluir tais obras criando uma legitimidade para suas ações o que faz com que ele continue empreendendo métodos unilaterais sem qualquer restrição radicalizando o estabelecimento de relações desiguais." texto completo https://drive.google.com/file/d/18DDjaJfwA6rUl74dNAm0PEs0mA3z7zAN/view?usp=sharing
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Pode um policial ser antifascista? Uma crítica às forças contra-insurgentes

  "A melhor auxiliar da polícia sempre será a imprudência dos revolucionários." Victor Serge É inegável que as forças reacionárias estão a todo vapor numa ofensiva calculista e altamente organizada contra as forças ou possíveis forças emancipatórias. Seria demasiadamente ingênuo afirmar que se trata aqui de uma espécie de novidade. Não há ineditismo nenhum nesse movimento que tem se mostrado histórico e contingente. Durante a II Guerra Mundial Lukács já afirmava o seguinte: “O recuo diante do “baixo nível” de Hitler para os “altos” pensadores como Spengler, Heidegger ou Nietzche é, logo, tanto do ponto de vista filosófico como do político, um recuo estratégico, uma forma de se distanciar da perseguição do inimigo, para reagrupar as fileiras da reação, de modo que – em condições mais favoráveis – a mais alta reação possa empreender uma nova ofensiva, “aprimorada” metodologicamente.” (Georg, Lukács. A Destruição da Razão, p. 13)             No caso do Brasil, mais propria

Métodos sórdidos atualizados: Arthur do Val, novas pretensões políticas

  O MBL de fato prosperou, tanto que Arthur do Val é candidato à prefeitura de São Paulo. Seu alvo são Guilherme Boulos, Padre Júlio Lancelloti e, claro, os movimentos sociais. Mas Arthur dessa vez mirou também na miséria e a explora sem piedade. Seu quadro na internet se chama “Cracolândia com Comandante Braga”. Em primeiro lugar é preciso resgatar um pouco quem é este personagem da política brasileira e que está absolutamente confiante em seus métodos, radicalizados e aprimorados, que sempre visou causar uma reação negativa estigmatizante sobre o seu oponente apelando ao emocional, ao burlesco, virulento, numa tentativa desesperada de ascender na hierarquia estatal.   Arthur do Val é produto da reação burguesa do pós-2013. Os principais nomes do MBL, exceto Renan Santos, tornaram-se políticos profissionais que afirmam defender um liberalismo puro, verdadeiro e diferente da suposta linha inconsequente de Bolsonaro. Necessário ressaltar aqui também algo que pode parecer óbvio, mas

O sedutor do óbvio: sobre a farsa de Eduardo Marinho

“Não existe poder político. É uma farsa. Política faço eu no meu trabalho que não visa poder nenhum.” Eduardo Marinho Sempre que nos colocamos a analisar algum artista e suas contradições devemos prezar minimamente pela sua história e seus esforços. Ainda que haja contradições evidentes a alteridade é um valor que deve estar sempre presente em nós, pois assim não nos destituímos de um importante valor humano que proporciona uma gregariedade livre das disputas mesquinhas muito presente na sociabilidade capitalista. Também não nos deixamos cair facilmente na destruição de reputações e difamações gratuitas, algo muito presente na esquerda identitária pós-moderna proto-fascista que tem somente um olho centrado em si próprio. Ainda que a crítica seja impiedosa a tudo que existe, ela deve ser no sentido de elevar aquilo que analisamos a um nível superior, como bem coloca Marx, livre de entraves desnecessários aos processos emancipatórios da humanidade. Essa é a função da crítica. Es

Todo nosso ódio contra a polícia

Tendo em vista o massacre contra lutadores sociais, indígenas, lideranças e militantes e, sobretudo da população moradora de favelas em sua maioria negros e jovens, de uma forma ou de outra aos trabalhadores e oprimidos resta apenas a organização e a auto-defesa como saída para uma revolução social, pautada na completa negação da sociedade capitalista. Neste processo, sabemos bem que a polícia representa uma ameaça real aos objetivos de uma sociedade emancipada, livre de opressões. Uma questão importante neste momento histórico do país é pensar formas eficientes de desestabilizar a sociedade burguesa, forçando o rompimento definitivo com a sociedade capitalista, seus pressupostos, valores e estruturas normativas. É necessário produzir propaganda sistemática e ininterrupta contra as forças repressivas da ordem burguesa. Uma dessas forças é a polícia, seja civil, militar ou federal. Apesar do exército ser usado em momentos críticos de conturbação social, é a polícia militar q

Até quando o fascismo?

“Para entender o que está acontecendo no mundo agora, precisamos refletir sobre duas coisas. Uma é que estamos em uma fase de testes. A outra é que o que está sendo testado é o fascismo - uma palavra que deve ser usada com cuidado, mas não evitada quando está tão claramente no horizonte. Esqueça o “pós-fascista” - o que estamos vivendo é o pré-fascismo.” Fintan O'Toole O homem moderno tem enorme apreço pelas conquistas empreendidas em seu tempo. Devemos ressaltar que se trata de um tempo de lutas, rupturas, acirramentos e revoluções. A busca por romper com a velha ordem medieval com monarquias parasitas foi paulatinamente e depois radicalmente posto em prática pela nascente burguesia europeia do início da formação daquilo que passamos a conhecer por modernidade. A modernidade é marcada pelo seu humanismo. Essa luta nasceu por necessidades políticas e econômicas acompanhada por avanços do ponto de vista das relações sociais, da filosofia e das ciências. É um tempo de nasci