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Mostrando postagens de agosto, 2018

BOLSONARO, RODA VIVA E O FASCIMO BRASILEIRO

É preciso ter estômago para ouvir qualquer elemento da família Bolsonaro se expressar. A entrevista do Roda Viva do dia 30 de julho que participa o presidenciável é um verdadeiro show de horrores. Os jornalistas, todos muito respeitosos, cuidadosos e cheio de tato, depararam-se com a metralhadora giratória verbal que apontava para todos os lugares menos para as questões colocadas com muito esforço pelos participantes, que fizeram bem suas encenações democraticamente em rede nacional. O candidato nem de longe sofreu a mesma pressão que outros entrevistados como foi o caso de Manuela D´avila que dentro do imaginário social permeia o campo da esquerda. No entanto, sabemos que a democracia burguesa não comporta nada além de um reformismo senil que se traveste de esquerda na intenção de ganhar votos reforçando toda ordem de conciliação. As adjetivações são quase sempre vazias para se explicar qualquer coisa, mas neste caso é inevitável associar Jair Bolsonaro não só a mais pura mi

O hall dos simulacros

A revolta contra o modo de vida no capitalismo é tão antiga quanto o próprio capitalismo. O que contém essa revolta são as diversas formas de dominação e controle que os sujeitos estão submetidos. Domar esta força revolucionária que insiste em irromper a cada passo que o capital dá, requer controle e violência direta contra essas ações. A cada levante, o muro que separa os homens da liberdade parece cada vez mais intransponível. A decadência moral e física perturba muitos revoltosos como consequência de suas ações sempre vistas como desastrosa e prejudicial à paz e ordem social. O desestímulo generalizado é organizado (na medida em que se consegue capturar parte das massas), por diversos setores da sociedade quase sempre ligados à burocracia estatal e setores privados. Assim, o poder popular contido dá base à sua própria ruína dentro de estruturas organizadas para sua dominação e controle direto.             As eleições, de tão sujas, precisam de um verniz especial, mas que de

O sentido das parcerias

As parcerias são parte essencial para o melhor desenvolvimento e aprimoramento da arte. A genialidade de alguns é tão excêntrica que não devemos trabalhar com essa perspectiva. A maioria de nós depende de estudo e investigação sistemática nos diversos campos da arte que se desdobra em vários outros campos do conhecimento como o histórico e o filosófico. A suposta genialidade de alguns funciona como pensamento natural mitificado que serve para manter um certo status quo excluindo boa parte dos “comuns” e artistas desconhecidos. Por isso, para muitos torna-se obsessivo ocupar o hall dos artistas excepcionais, daquele lugar ocupado por poucos como se neste hall de simulacros coubesse apenas os escolhidos que tornar-se-ão heróis imortais venerados por toda eternidade. É nesse movimento que a arte e seu desenvolvimento se estanca, se encolhe e adapta-se às exigências do mercado de uma forma geral. Por isso, o comum na verdade é a miséria criativa e intelectual, os padrões e clichês normat