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Mostrando postagens de maio, 2019

MBL e a provocação como método de criminalização dos movimentos sociais

A permissividade da esquerda possibilitou a multiplicação de militantes do MBL (Movimento Brasil Livre) não só no Parlamento e outros campos institucionais, mas na vida política cotidiana disputando o público, estudantes, jovens e trabalhadores de uma forma geral na defesa cega dos projetos mais vis do governo Bolsonaro e sua truculenta equipe. A defesa de uma sociedade conservadora tem se tornado incabível do ponto de vista social, político, cultural, econômico, etc., por isso muitos artifícios são usados para convencer a população de que o que é preciso é a volta de uma sociedade cada vez mais servil aos interesses das classes dominantes e dos países imperialistas deixando nas mãos dos velhos donos do poder as principais decisões que afetam diretamente a vida da sociedade. Para que esse projeto conservador seja materializado é necessário frear os movimentos sociais que por sua vez respondem às contradições geradas por interesses antagônicos entre trabalhadores e capitalistas.

A Prisão da Razão (conto)

              Romão estava completamente perdido. Nada mais clichê. Quem, neste tempo de loucura e irracionalidade, não está incerto de sua própria existência a ponto de aguardar e desejar a morte? Que relações mais toscas, pensou. Que gente mais mesquinha e repugnante. Desejou matar todos a um só tempo. Uma bomba e bum!! Sabia que a morte era só uma questão de tempo e não parava de pensar e pensar... Avaliava as coisas de forma caótica. O que adiantou fazer direito, virar doutor e tudo mais? Romão era doutor de verdade, com doutorado. Grandes bostas. Tudo isso só serviu para deprimi-lo ainda mais, jogando-o no limbo de um pensamento crítico solitário, estéril. Gritava para si mesmo. O que é capaz de fazer um indivíduo em meio à barbárie? As relações amorosas, as drogas, dívidas e frustrações; os fantasmas do mundo moderno o atormentavam. A prisão da razão. O medo e o pavor de dar um passo adiante simplesmente o neutralizou. O fascismo venceu, concluiu. O que resta então? Mata