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Mostrando postagens de novembro, 2018

Três pontos sobre o fascismo

Pensemos três pontos sobre o fascismo fundamentais sem os quais não lograremos qualquer êxito em seu combate.   ·          Qual é o caráter do fascismo hoje? ·          Qual dimensão e ameaça real representa? ·          Qual a forma mais eficaz de eliminá-lo? Pensar qualquer tipo de movimentação requer analisar as condições reais para isso. O surgimento do fascismo e cada ressurgimento nos coloca em alerta, pois sua simples presença anuncia uma modificação real da condição econômica capitalista. O fascismo é reflexo das más condições estruturais da economia capitalista que precisa de força para reestruturar sua dinâmica a ponto de poder sustentar-se em regime democrático parlamentar burguês. O próprio caráter do parlamento no entanto nos deixa dúvidas. Sua estrutura, mais que qualquer outra, comporta o fascismo de forma organizada para fins específicos legitimados pela democracia burguesa que ao manter-se como tal torna o fascismo força necessária afirmando sua ne

A esquerda ressentida

É sempre uma lástima, humanamente penosa, perder oportunidades históricas. Mas, do que tem sido feita a crônica da esquerda no Brasil? Ou é mais justo perguntar no mundo? Quando a esquerda não rasga horizontes, nem infunde esperanças, a direita ocupa o espaço e draga as perspectivas: é então que a barbárie se transforma em tragédia cotidiana.   José Chasin Não há prova mais cabal da falência da esquerda (ou se quiser das esquerdas), que a tragédia cotidiana do nosso tempo. Essa tragédia é o resultado direto das contradições da sociedade de classes que atravessam o universo da esquerda. José Chasin resgata este debate em A Sucessão na crise e a crise na esquerda, a partir da revolução Russa, que mais tarde viria se transformar em capitalismo de Estado, mantendo o trabalho morto submetido ao trabalho vivo num regime de acumulação que perverteu a autonomia operária que viu-se cada vez mais submetida ao Estado bolchevique. Hoje, após o centenário da Revolução Russa, a classe

Uma breve leitura sobre a conjuntura atual

O cenário político de uma forma geral está caótico. 2013 foi apenas a largada de um processo muito mais amplo ainda por vir. Agora há um mal estar generalizado, impregnado, onde o medo, angústia e incerteza dobram os sujeitos emparedando-os, asfixiando a sociedade de uma forma geral, mas, sobretudo, os mais pobres são os mais prejudicados. São momentos históricos como estes que podem apontar para a completa degenerescência ou um caminho para sua possível emancipação através da superação de contradições evidentes que naturalizou um mundo dependente do modelo sócio econômico mercadológico onde os antagonismos sociais não parecem um problema em si, mas parte constitutiva e necessária da sociedade que aí está legitimando a dominação do homem sobre o homem. Esse mal estar é resultado de uma vida social cada vez mais debilitada do ponto de vista da própria sobrevivência das pessoas, que ironicamente se explica por uma necessidade de reorganização do campo social de acordo com os critér